A
Mata Atlântica é um dos hotspots (área rica
em biodiversidade) do planeta, atualmente reduzida a cerca de 8% de sua
cobertura original, encontrando-se fragmentada de norte a sul do território
brasileiro. Apesar dos instrumentos legais existentes para sua conservação, os
índices de desmatamento continuam alarmantes. Estima-se a existência de cerca
de 20.000 espécies de plantas na Mata Atlântica, o que representa 6,7% do total
de espécies do mundo. Das plantas encontradas na região, 8.000 são endêmicas. A
diversidade e o número de endemismos entre os vertebrados também impressionam,
são cerca de 298 espécies de mamíferos, 992 espécies de aves, 197 de répteis e
372 de anfíbios.
A
maioria dos animais e plantas ameaçados de extinção no Brasil está na Mata
Atlântica. A situação é agravada pelo fato da região sediar tanto os centros
urbanos mais povoados como os grandes centros industriais do país. Aproximadamente
80% do PIB do Brasil são gerados na região da Mata Atlântica, onde vivem mais
de 72% da população brasileira (IBGE/2014). A UNESCO, considera a Mata
Atlântica como Reserva da Biosfera.
Proteger
o meio ambiente não significa impedir o desenvolvimento, o que se faz
necessário é promoção do desenvolvimento em harmonia com o meio ambiente. Daí o
paradigma do “desenvolvimento sustentável”, que tomou corpo nas últimas décadas
e norteia a ação dos órgãos públicos encarregados da defesa do meio ambiente no
mundo todo.
Florestas
preservadas contribuem com a qualidade do ar, a proteção do solo, dos rios e
nascentes e a regulação do clima, tão importantes para a qualidade de vida do
homem. Equacionar a preservação com atividades essenciais para a nossa
economia, como a agricultura, a pesca, o extrativismo sustentável, o turismo, o
lazer e a geração de energia, é o desafio dos nossos governantes.
Claudia Paschoal