Planejamento
Urbano, organizando espaço e garantindo qualidade de vida
É importante entender a cidade,
como um organismo vivo em constante transformação, e que realiza trocas com o
meio ambiente natural. A valorização do aspecto humano e o entendimento de
cidade como espaço de prática da cidadania e convívio social, significa adotar
uma regulamentação do espaço urbano que garanta a qualidade de vida e permita a
transformação contínua da cidade. A reforma urbana é, sobretudo, a adequação
das cidades para que internamente passem a promover a justiça social,
possibilitando aos seus habitantes: habitação, trabalho, recreação, circulação
e uma vida humana digna. Estas medidas geram economias externas, promovem
mudanças sociais capazes de transformar “crescimento” em “desenvolvimento”, de
forma sustentável.
Segundo João Paulo Rolim,
Secretário Municipal de Arquitetura e Planejamento Urbano: “O planejamento
urbano é o processo de idealização, criação e desenvolvimento de soluções que
visam melhorar ou revitalizar certos aspectos dentro de uma determinada área
urbana ou do planejamento de uma nova área urbana em uma determinada região, tendo
como objetivo principal proporcionar aos habitantes uma melhoria na qualidade
de vida.
O planejamento urbano, lida
basicamente com os processos de produção, estruturação e apropriação do espaço
urbano. A interpretação destes processos, assim como o grau de alteração de seu
encadeamento, varia de acordo com a posição a ser tomada no processo de
planejamento e principalmente com o poder de atuação do órgão planejador”.
Qualquer plano ou projeto que
vise o planejamento territorial deve ser implementado de forma gradativa e em
longo prazo, devendo ser desenvolvido em bases apartidárias, cabe ao Poder
Público Municipal, estabelecer políticas públicas que permitam preservar a
extraordinária beleza natural e a significativa biodiversidade da região, além
de tomar medidas que beneficiem o desenvolvimento sustentável, afirmou Délcio
Sato, Chefe de Gabinete.
É ilusão imaginar que a
configuração de uma cidade se dá de forma aleatória, na realidade existem
interesses e estratégias de construção do espaço urbano, que muitas vezes tem
interesses urbanísticos, com implicações econômicas, financeiras e políticas.
A cidade pode ser descrita como
um espaço construído dentro de um processo de ocupação espacial e apropriação
de seus recursos naturais, bem como da reprodução do organismo social dos
moradores que ao intervir no espaço urbano, busca adaptá-lo a suas
características e necessidades. Nesse processo há integração com ações
complexas de urbanização, industrialização, crescimento demográfico,
tecnologia, segregação, violência, etc.
Atualmente há a necessidade de se
ordenar adequadamente o espaço urbano, além dos padrões usuais que influenciam
na ocupação/expansão do espaço, o que torna imprescindível o planejamento. Há
uma nova perspectiva de ocupação do espaço urbano: o da cidade sustentável.
Ubatuba, assim como as outras
cidades do Litoral Norte do Estado de São Paulo, está entre a área costeira e a
Mata Atlântica. Esse aspecto demonstra a importância de se realizar um
planejamento urbano visando à ocupação ordenada do espaço litorâneo, e a
preservação e conservação do patrimônio ambiental, promovendo o desenvolvimento
sustentável, que atenda as necessidades socioeconômicas da população residente.
Ubatuba
traçou nos últimos anos uma linha de planejamento e remodelação urbana visando
a melhoria do contexto turístico vocacional do Município. Repaginou sua estrutura
central ordenando o trânsito, com novas avenidas e ciclovias e ciclofaixas, organizados com sinalização moderna.
Executou
obras importantes para melhoria do bem estar e segurança dos turistas e da
população local, como praças e iluminação pública, criando pontos muito
especiais, como a nova praça Alberto Santos com a ossada da baleia Jubarte; a
Rua Guarani, talvez a mais charmosa do Litoral e a Praça 13 de Maio, com suas
fontes. Urbanizou as Praias Grande e Pereque-Açu das mais procuradas durante o
ano todo por um público variado.
Organizou o sistema de informações nas
rodovias para indicação dos pontos de interesse e das praias, através de placas
com padrões internacionais. Desenvolveu a infraestrutura do turismo de navios
de cruzeiros, agora já realidade.
Construção de um teatro municipal e
abertura de procedimento para um novo projeto urbanístico na Praça da Matriz
que terá sua fachada, valorizada com a
desobstrução até a Avenida da Praia de Iperoig. Construção de um centro de convenções,
equipamento urbano que atuará diretamente no problema econômico sazonal. Tratou com seriedade seu problema de
disposição de resíduos sólidos, agora com a licença ambiental. Recebeu apoio do Estado no saneamento
básico e o Plano Municipal de Saneamento, mostra mudança significativa nos
resultados de distribuição de água potável e tratamento de esgoto que dará um
salto de 26 para 84% em cinco anos.
Melhorou a situação das populações nos
bairros com o lançamento dos programas de congelamento e regularização
fundiária, dando oportunidade de acesso aos serviços públicos básicos e
regularização patrimonial dos imóveis. Todas essas ações têm por objetivo melhorar
a qualidade de vida e manter uma infraestrutura adequada as necessidades dos
moradores e turistas que visitam nossa cidade, finaliza Sato.
Claudia Paschoal e João Paulo Rolim